Com exceção do horário noturno, o Edifício Ário Lobo de Azevedo passa a ser alimentado por eletricidade de fonte renovável, através de um sistema fotovoltaico na sua cobertura (BAPV - Building Attached Photovoltaics), com tecnologia de módulos fotovoltaicos de meia-célula, com 13 kWp de potência instalada. Esta tecnologia de módulos fotovoltaicos de meia-célula é bastante recente, permite minimizar o stress mecânico e perdas resistivas, melhorando a produção de energia, eficiência e a sua durabilidade. O sistema foi desenhado e instalado com apoio da CER-UÉ, que concebeu as suas especificações técnicas e realizou os ensaios de comissionamento, além de ter otimizado a integração na cobertura do edifício. 

Esta intervenção integra-se num projeto mais amplo de reconversão de edifícios da Universidade de Évora (UÉ), com vista à utilização de energias renováveis, no qual a CER-UÉ tem participado. Nesse projeto, foi também implementado um sistema fotovoltaico no Edifício do Colégio dos Regentes Agrícolas, com design e otimização do sistema na cobertura do edifício, e conceção das cláusulas técnicas dos cadernos de encargos, com uma potência instalada de 20 kWp com a mesma tecnologia. Esta empreitada inclui ainda dois sistemas solares térmicos nas coberturas de cada edifício para produção de águas quentes sanitárias com depósitos de armazenamento de água quente.

O Edifício Ário Lobo de Azevedo é de autoria do Arquiteto Vítor Figueiredo e foi nomeado para o Prémio de Arquitetura Contemporânea Mies Van Der Rohe, em 1996. Ário Lobo de Azevedo, que é homenageado com a atribuição do seu nome ao edifício da UÉ onde está agora sediada a CER-UÉ, foi reitor da Universidade de Évora, entre 1974 e 1987